Ah, como isso é raro! Isso acontece, principalmente, porque ainda não costumo ter inspirações para fazê-lo com propriedade quando me sinto assim, principalmente pelo motivo de minha mente, em transição, olhar para baixo quase sempre que estou no alto. Basicamente, estou aprendendo a olhar para cima sempre, pois é assim que a vida deve ser vivida - nos altos. Se antes havia aprendido a permanecer estável, agora, arrisco e vou além.
Vejo que a época é de transição profunda, além do que eu esperava. De fato, talvez seja agora o ponto em que as verdadeiras transições (as que se aproximam de minha essência) começam a acontecer, pois já adquiri uma base sólida o bastante para tal.
Percebo que as coisas mais bonitas que existem são ditas sem dizer. Vejo que não é necessário ater-se tanto às palavras - estas, nos momentos certos, são dispensáveis. O que realmente acontece, ocorre em outro âmbito, cujo qual acabo de descobrir. Por isso digo que as reais mudanças, talvez comecem agora, uma vez que paro de tentar traduzir tudo às palavras - somente quando necessário for.
Nesse âmbito, sentimentos são traduzidos em plena e pura forma - basta o interlocutor ter a capacidade de detectá-los. Sempre me ative às emoções alheias, porém não dessa forma. Já disse aqui que mudanças podem ser instantâneas, e o que conto encaixa-se facilmente nessa classificação. Quando aquela sublime face (a sua, Monique) olhou indiretamente para mim, pela primeira vez pude ver através dela - como um vidro - e entender a complexidade (e simplicidade, também) que faz o ser humano. Ali vi uma criança sorrindo realizada, vi a humildade de quem ama intensamente ao demonstrar sem palavras tal sentimento, e sei que isto era transparente também em minha pessoa, que, atônita e estática olhava, sorrindo verdadeiramente. Fui invadido por uma felicidade, certeza e segurança indescritíveis para quem nunca as havia sentido antes. Esse momento, como alguns outros raros, eternizaram-se em minhas singelas e mais felizes memórias.
Daí, constatei a breviedade das palavras e percebi como minha forte, porém frágil (adoro antíteses e metáforas) mente é demasiadamente limitada em certos aspectos, e como ela reage ao notar que há algo além de sua essência. E, desde então, vivo em um grande fascínio, reeducando e reestruturando meu ser para viver tal sensação constantemente e tirar o máximo proveito disso.
A felicidade verdadeira, o fascínio verdadeiro pela vida, é como o amor (em sua forma verdadeira): começam, nascem, dentro de nós, crescem, independentemente do ritmo, tornam-se verdadeiros e se estabalecem de forma perene - com a origem sempre dentro de nós mesmos, nunca fora. Essa é a fórmula vencedora.
Essa é a fórmula que aprendi - recentemente, é verdade - a seguir.
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