Sunday, July 04, 2010

Desapego

É... acho que é isso.
Preciso aprender a não precisar de certas coisas; a viver sem, a ficar indiferente, custe o que custar. Acho que é o único jeito de eu me adiantar à situação, ao invés de sempre correr atrás dela. Até porque, eu já cansei de correr atrás, de seguir as regras do jogo. Só assim eu vou conseguir criar independência pra criar as minhas próprias regras, os meus próprios limites, as minhas próprias vontades. Só assim vou conseguir me achar em meio à bagunça que isso se tornou.

Tomar esse tipo de decisão não é o meu forte, ainda mais não sabendo por onde isso vai me levar. Ainda assim, é melhor arriscar a permanecer estático. Não adianta, não dá pra ficar em cima do muro, nem que eu quisesse. Eu não vou ser prepotente e falar que sei o que vem depois, porque eu não sei. Eu sei dar o primeiro passo e tenho uma vaga ideia do que encontrarei pela frente.

Não sei se essa estrada é perigosa, dolorida... não faço a mínima ideia. Só agora que tive coragem para decidir segui-la. Sei que uma hora, inevitavelmente, eu vou conseguir o que eu quero - o difícil é ter peito pra mudar de estratégia de uma hora pra outra. Se as coisas não vão do jeito que quero por bem, vão por mal.

Estou matando um mosquito com um canhão? Talvez. Talvez não seja necessário derrubar tudo e recomeçar a construir pra resolver o problema. Mas, talvez, seja melhor derrubar tudo para reconstruir de um novo jeito, de uma nova forma. Uma forma que eu tenha controle e saiba lidar. Do contrário, eu sempre vou ser escravo de mim mesmo, sempre vou depender de algo a mais para poder funcionar.

Se for pra ganhar a minha alforria, é melhor obliterar tudo de uma vez. Me sentir liberto pra depois rever o que é preciso. Chegou o fatídico momento em que eu não posso mais prever cada situação e suas consequências. E é por isso que eu tenho que escolher um caminho e segui-lo, sem olhar pro lado, pra trás ou pra onde quer que seja, custe o que custar.

Se é de uma revolução interna que eu preciso, é uma revolução interna que eu terei, e isso não significa que eu tenha que eventualmente recusar os presentes que recebo.

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