Tuesday, July 28, 2009

Supernova

Relações humanas.
Algo extremamente complexo que me fascina, me despertando, naturalmente, muito interesse.
Sempre tentei entendê-las, juntamente com o comportamento humano.
O simples ato de relacionar-se pode dizer mais sobre você do que você pensa.
Tal ato esse que praticamente determina quem você é, ao menos para os outros.

Relações essas que podem ser felizes, tristes, quentes ou frias.
Que mudam, de fato, da água pro vinho em questão de dias.
E tudo o que nos resta são os motivos esperando para ser descobertos.

É triste ver uma relação morrendo a cada dia...
De quase sentir na pele o frio que a relação, já gélida, emana.

É triste, também, saber que os caminhos separam-se cada segundo mais, seguindo direções opostas.
Tempos que já foram, não voltarão.
A distância veio com toda a neve, e os olhares já não são de ternura.
São de tristeza, rancor.

E, conforme o tempo passa, as mágoas tendem a falar cada vez mais alto.
Quanto mais tempo uma relação tem, maior o fardo que a mesma tende a levar.
E isso pesa na hora de tomar uma decisão.
Isso pesa como uma bola de chumbo amarrada ao pé.

Cada caso é um caso, e o pior deles é onde única coisa que pode-se fazer... é olhar.
Olhar, paralisado seu mundo cair, não tendo por onde escapar, por onde sumir.
Olhar as costas, cada vez mais distantes, de alguém que sempre ficou de frente para você.
E, em seguida, a muito custo, dar as costas também, seguindo seu caminho, ainda por ser traçado.
Dessa forma, o último ponto de encontro apenas situa-se no passado, que, muito provavelmente,
deverá ser rejeitado.

Uma palavra, um gesto, um olhar.
Tanto começam como determinam o fim de uma relação.
Marcantes e decisivos como nenhum outro.

A única coisa que concluí, nesse tempo todo, foi que são poucos os relacionamentos que duram.
A maioria não consegue superar o peso das mágoas.
E que não duram porque todos só vêem si mesmos diante do mundo.

Raras e felizes são as excessões que seguem o caminho inverso de tudo o que disse...

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