Eu não presto.
Bom, ao menos - para mim - isso não é novidade.
E engana-se quem lê e acha que o problema é baixa auto-estima.
É só colocar a mão na consciência.
Não presto para o tipo de pessoa que, em teoria, pretendo e quero ser.
Sou rígido comigo mesmo.
Rigidez digna de quem quer fugir da normalidade, obviamente.
Às vezes até consigo ser quem realmente almejo - não é tão difícil -,
mas às vezes, também, a gente se decepciona.
Ora, não que isso justifique os fins. Mas acontece.
E aí, a gente perde a linha. Perde mesmo.
Linha essa que já não era tão fácil de seguir.
Ainda que justifiquem para a gente o que acontece, a decepção ainda fica e influencia.
E o errado é deixar isso influenciar todo o resto. Mas é difícil não fazê-lo.
Quanto mais fazer gente que não merecia entrar na história, que, ao menos no início,
deveria ser protagonizada ao menos - e somente - por mim.
Assim como ter dois protagonistas, de início, não era o planejado, eu sei, conscientemente,
que erro permanentemente.
Creio com certa convicção que só abrirei, de verdade, os olhos, quando a história tiver terminado,
e, só então, aprenderei como é fazer o certo.
E aí terei que ficar, mais uma vez, à deriva, esperando que os ventos me levem até a terra firme.
Creio com certa convicção que minha sentença já está feita, apenas espero o que a precede, acontecer.
O pior é saber disso conscientemente, ainda que não tenha desistido.
E triste mesmo é saber que eu não dou o valor que merece, embora tente, e o dia já se vai.
Quando a noite chegar e a luz tiver ido embora, eu vou me dar conta.
E vou chorar pelo leite derramado.
Tenho certeza...
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