Tuesday, April 20, 2010

Lord, I'm discouraged

E cá estou eu para escrever, mais uma vez, em um de meus baixos - escritores provavelmente só rendem sob efeito de emoções - para organizar meus pensamentos; desta vez possivelmente só eu sou capaz de fazê-lo.

Já perdi a conta, ultimamente, de quantas vezes os meus posts costumam mudar de título e de assunto.
São muitos temas, sendo muitos deles ótimos para se divagar sobre. Obviamente, o critério de escolha é o que mais me desperta inspiração, ou, como prefiro, desequilíbrio.

Desequilíbrio, aliás, era o tema que, inicialmente, havia escolhido para falar. Não que ainda não seja necessário escrever sobre isso, mas o momento de fazê-lo passou - as ideias predominantes agora são outras. Até escrevi uma pequena introdução, falando das mudanças que a vida enfrenta - esta é extremamente dinâmica, confesso que às vezes gostaria que fosse estática - e do equilíbrio necessário para encará-las, mas a ideia se concluiu muito rápidamente. É simplesmente isso, praticamente não existem boas mudanças sem equilíbrio para esta acontecer. Mudanças ocorridas sob um teto desequilibrado não serão bem aceitas. E, desnecessário dizer, que mudanças abruptas - apenas as que eu não tenho certeza de onde me levarão - não são o meu forte - por isso a necessidade de escrever sobre. Talvez seja preocupação de uma mente mal-acostumada, quem sabe conservadora, ou até mesmo mimada; Fato é que vou ter de me adaptar - e sei que o farei.

Prefiro, dessa forma, vir aqui hoje para divagar sobre outro tema, relacionado em alguns aspectos com o que escrevi, mas não menos importante e igualmente complexo - ao menos para mim.

O nada é relativo. Aliás, tudo é relativo. Em um curto espaço de tempo, nada - mas tudo - pode acontecer; é mera questão de interpretação. Tudo o que acontece é diretamente relativo à nossa interpretação dos fatos ocorridos (ou não). Interpretação essa que vai de encontro com nossos princípios, e, quando estes são falhos, aquela também será.

O que quero dizer é que, se para um nada aconteceu, a mesma situação, sob outros olhos pode revelar pensamentos, sentimentos e fatos até então desconhecidos - e possivelmente omitidos.

O interessante da omissão, é que esta não é uma mentira propriamente dita, mas sim uma verdade calada, presa. Que atire a primeira pedra quem nunca omitiu nada.
Eu omito pensamentos. Por vergonha, medo, mas omito. Tenho lá meus motivos infantis.
Sou fechado por natureza, e embora isso me ajude, às vezes atrapalha - principalmente pela imaturidade emocional vivida por mim, que contrasta de forma aberrante quando comparada ao meu bem estruturado lado racional. Aliás, prefiro dizer que a própria imaturidade sustentam minhas omissões, enquanto estas, por sua vez, sustentam minha imaturidade.

A questão em minha cabeça agora é como amadurecer emocionalmente. Sou perfeccionista. E sensato, também. Não que o procurado amadurecimento não esteja acontecendo, apenas procuro um jeito de potencializá-lo - e não coincidentemente aproveitar melhor o que a vida tem a me oferecer.

1 comment:

  1. Estamos em constante transformação,querido. Dê tempo ao tempo,respeite seus limites e não se force. As vezes,queremos estar preparados para lidar com fatos que a vida nos apresenta,mas simplesmente não é o momento certo. Saiba que sempre torcerei por você,tenho um carinho mega especial por ti!

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