Seletivo... é, de fato, é algo que eu aprendi a ser, desde muito tempo atrás.
Sou seletivo para tudo, desde amizades e amores (muito, por sinal) até com as pessoas para quem eu conto aquilo que considero mais íntimo. Muitas vezes falo apenas para uma única todas as coisas - aprendi, também, a ser reservado. Essa pessoa é quem eu considero capaz de me ajudar a organizar meus pensamentos.
Não sou do tipo que segue uma massa sem motivo; se o faço, é por ideologia própria. Escolho e calculo muito bem meus passos. Aliás, uma das minhas características principais é ser analítico.
Seletivo, reservado e analítico - gosto de ser assim. Me dá uma falsa sensação de diferença social. Gosto de ser frio e calculista. Gosto de pensar sobre as situações cotidianas, de entender as pessoas, de entender o porque por trás de tudo.
Certa vez li que existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que observam. Li, ainda, que há as pessoas que perguntam "por que?" e as que perguntam "por que não?". Faço parte do terceiro e do primeiro grupo, respectivamente. E tenho certo orgulho disso. Ora, por que me rechaçaria, se minha paixão é observar? Isso não quer dizer, necessariamente, que não faço acontecer - muito pelo contrário.
O fenômeno que observo e que me faz ter vontade de citar tudo isso é que agora os elementos conflitantes gradativamente estão sumindo. A neblina finalmente está cessando; portanto, agora, passo a enxergar a realidade, de fato. Vejo, cada vez mais, agora, o mundo sem distorções berrantes. Claro que, isso nada mais é, do que a minha visão sobre mim. Algo puramente egocêntrico. Assim como sou seletivo e analítico, também possuo essa característica. Adoro falar em primeira pessoa, sempre. Criança mimada? Nem tanto. Mas não posso dizer que essa vaidade psicológica não vem de nenhum lugar.
Embora eu tente fazer parecer que não, é mentira falar que eu sou tão frio. Já disse aqui antes que sou um romântico frustrado. Quando se eu balanço, as consequencias são graves. Por isso, engana-se quem acha que é fácil ter autocontrole. Ao menos não pra mim. E a busca incessante ainda não terminou, ainda existem pontos a serem equilibrados. Travo, todos os dias, batalhas intensas contra mim mesmo a fim de acabar tal mudança que há muito comecei. Não sou do tipo que se deixa conduzir pelos impulsos. Tendo a querer que minha mente controle tudo, deixando de lado as emoções. Obviamente, não é bem assim que as coisas funcionam, e vejo que ainda necessito de mais esforço para alcançar o nível de equilíbrio que desejo obter, já que meu ponto fraco reside em como lidar com emoções intensas. É basicamente aí que moram meus altos e baixos.
Tenho prosseguido de forma satisfatória, creio eu. Aos poucos tomo firmeza e, mais uma vez, em mais outro âmbito, paro de engatinhar e começo a andar com as minhas próprias pernas. Paro, assim, de errar com tanta frequencia e, consequentemente de estragar tudo aquilo que, naturalmente, é belo.
(Apesar de tudo, eu sei, que, no final, nas últimas instâncias, só restará a mim mesmo - e ninguém mais.) - será? Não. Eu acredito em você.
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