Thursday, June 24, 2010

Puzzle

Estagnado - é assim que me encontro.
Sensação que odeio, difícil de ser transcrita.

Sinto-me molhado - estou molhado. O chão, também.
Choveu, e o céu ainda não esboça reação.
É, não é fácil. Temo pelo que ainda possa vir, apesar do pior já ter passado, espero eu.

Chegou o ponto em que tudo já não consegue se sustentar.
O ponto em que todos os aspectos se colidem, e, ao mesmo tempo,
se repelem. E não há muito o que fazer além de esperar.

A vida não é justa.
Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu por isso, principalmente quando não temos o controle da situação, e, consequentemente, quase nada podemos fazer além de olhar.

Às vezes queria que a vida fosse tão fácil e simples como desejo.
Simplesmente porque quero voltar a sentir a alegria de viver.
Queria que certas coisas continuassem como eram, que certas pessoas fossem eternas em nossas vidas, e que na presença delas, o tempo não passasse.
Queria que a vida fosse um pouco mais constante.
Que querer fosse um pouco mais próximo de poder.

Sinto um pesar no coração.
Tristeza, melancolia, cansaço.
Típicas de um céu escurecido.
Não posso mais ir e anseio pela vinda.
Infelizmente ainda é cedo demais para pensar em algo desse tipo.

Vejo uma luz distante. Tenho algumas certezas, ao menos.
Sou humano e a tempestade foi forte.
O tempo passa e às vezes fraquejamos, cansamos de lutar, e ficamos descrentes em relação à certas coisas.
E como humano, tenho defeitos, muitos deles egoístas, que me afetam e, em momentos difíceis, me puxam ainda mais para baixo desnecessariamente, e acabam por me fechar.

Muito se foi com o vendaval.
Agora sinto as dores. Sinto os baques que, por sinal, foram bem mais fortes e mais numerosos do que eu esperava.
O inferno se fez do paraíso em menos de um dia.
Sinto como se eu fosse a chuva e cada gota minha se espatifa no chão, gerando dor.

Sei que não posso parar, que devo prosseguir a qualquer custo.
Sei que devo simplesmente prosseguir.

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