Ah, e naquele dia não tão distante...
"...Hoje eu vou dormir meio decepcionado, não sei bem ao certo por que.
Quer dizer, até sei, mas não tenho certeza, ou não quero admitir.
Na verdade é porque algumas coisas aconteceram, e eu não gostei muito disso.
É difícil seguir uma ideologia, ainda que ela esteja cravada em você, quando uma parte sua
deseja o oposto dela. Tudo o que essa ideologia faz é me dar um fardo, que pesa cada vez mais em minhas costas.
Puxa, tinha mesmo que ser assim?
Não poderia ser de outro jeito?
Conforme esse fardo vai pesando, eu vou ficando mais decepcionado e angustiado.
Ele pesa e eu sinto, oras. De que outro jeito eu poderia ficar?
Acontece que esse fardo é teoricamente opcional, mas eu não consigo não tê-lo.
É difícil, ele tá muito cravado em mim... eu tenho que me dissociar dele.
Fato que tenho.
Sinceramente? Pode ser que eu esteja procurando pêlo em ovo.
Procurando motivo pra estar decepcionado só porque eu gosto de me manter distante.
Ficar decepcionado, triste, é mais um motivo pra eu me distanciar... Que é como eu gosto.
É, eu gosto de me manter distante. Só pra poder observar as coisas acontecerem.
Pra não ter que tomar parte em nenhum lugar.
Assim como eu gosto de correr quando tudo vai mal. Correr sem rumo... só pra ver se tudo passa.
Pra tentar deixar tudo pra trás. Como naquela música...
Sei lá, tudo o que eu sei é que eu juntei uma canção, alguns sentimentos e botei aqui.
Queria ter colocado os pensamentos que tive mas que já se perderam.
É sempre assim.
Agora eu vou dormir.
Talvez não tão decepcionado ou mesmo triste agora, mas sim, pensativo.
Como quem espera dias melhores. De melhores oportunidades.
Porque é isso o que eu preciso..."
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